segunda-feira, 11 de junho de 2012

Apocalipse



Apocalipse

E a sétima estrela caiu dos céus
Trazendo consigo um futuro amargo
Os portões do inferno estão se abrindo
O apocalipse acaba de ser iniciado

E foi possível avistar quatro cavaleiros
Montados em cavalos de diferentes cores
Eles vieram para completar a antiga profecia
Eles vieram para espalhar seus horrores

Cavalgando num céu tempestuoso
Eles vêm em nossa direção
Num piscar de olhos eles desaparecem
Nos deixando com uma horrível sensação

Uma chuva de fogo avança pelo planeta
Devastando campos e plantações
O ar cada vez mais impuro
Parece derreter os pulmões

A maior parte da água potável está contaminada
Seu consumo sofrerá varias restrições
A escassez de alimentos será inevitável
A fome irá dizimar varias nações

O desejo de controlar os poucos recursos
Faz com que a paz mundial fique ameaçada
Um vasto poder bélico dividida entre as nações
Faz com que uma mortal guerra seja travada

O desespero para obter a vitória
Resulta em ações impensadas
A guerra química agora é um pesadelo
Muitas bombas nucleares são lançadas

As doenças começam a se proliferar
Novos vírus surgem a todo o momento
O contagio ocorre em velocidade espetacular
Pelo mundo milhares de pessoas estão morrendo

Terremotos sacodem a terra
Enormes crateras se abrem no chão
Prédios imponentes desabam rapidamente
O caos toma conta da população

Enormes ondas se formam nos oceanos
Em poucas horas elas atingem os continentes
A força das águas leva tudo embora
Cidades são extintas rapidamente

O som de sete trombetas ecoa
Logo acontecerá algo muito ruim
Provavelmente este foi o ultimo suspiro
De um mundo que sempre procurou seu fim

De repente o céu escurece
Alguma coisa parece obstruir a luz solar
É um cometa que irá se colidir com a terra
O nosso temido apocalipse acaba de chegar

(W. Fabretti)

domingo, 3 de junho de 2012

Sanatório



Sanatório

O apreciável silêncio noturno
É quebrado por gritos angustiantes
O intenso frio e a pouca luminosidade
Tornam este ambiente ainda mais sufocante

Pequenos porém inúmeros quartos
Que estão espalhados em cada andar
Nos revelam que a muito tempo
A insanidade tomou conta desse lugar

Mentes totalmente inconscientes
Afundadas completamente na loucura
Uniram-se a uma incontrolável raiva
Levada por uma vida de intensa tortura

Uma pessoa cruel e poderosa
Apenas queria satisfazer sua luxuria
Construiu este monstruoso lugar
Que um dia seria dominado pela fúria

Um lugar onde se realizavam experiências cruéis
A fim de desvendar a mente humana e seus mistérios
E em algumas horas intermináveis
Acaba se transformando em um verdadeiro necrotério

Pacientes que sofriam de sérios distúrbios mentais
Conseguiram render os enfermeiros e o segurança
Soltaram todos os outros pacientes
E dominado pelo ódio iniciaram a matança

Aqueles que torturavam e maltratavam
Estavam amarrados na mesa de cirurgia
O medico responsável pelos estudos
Agora enfrentava a lobotomia

Nos corredores muitos corriam em direções opostas
Outros se cortavam e cantavam alegremente
Uma garotinha saltitava arrastando uma cabeça
Enquanto um grupo ateava fogo utilizando de um solvente

Uma fumaça negra tomou conta do céu
Sua forma diabólica chamava a atenção
Gritos e risadas eram ouvidos a quilômetros de distancia
Este era o fim de um império comandado pela ambição

Embora os bombeiros tenham apagado o fogo
Nenhuma pessoa saiu de lá com vida
Os métodos de um medico paranóico
Sofreram sua vingança merecida

As marcas nas portas e paredes e os vestígios de sangue
Nos mostram como foi horrível seu passado
As horripilantes vozes e os assustadores vultos
Nos mostram que este lugar está assombrado

Muitas almas estão presas neste lugar
Revivendo seu sofrimento a todo instante
Condenadas a este inferno por toda eternidade
Neste sanatório onde a paz sempre esteve distante

 (W. Fabretti)

Estripei Noel (O Ultimo Natal)


Estripei Noel (O Ultimo Natal)

Jingle bell, jingle bell
estripei noel
nada mal, nada mal
churrasco no natal

Peguei os seus orgãos
temperei com sal
uma pitada de salsinha
alho no final

Taco fogo no carvão
cerveja na geladeira
hoje o bom velhinho
vai pra churrasqueira

Pego suas tripas
e uma orelha
com o carvão ardente
as taco na grelha

A lua brilha forte
brilha lá no céu
todos saboream
as entranhas de noel

As horas vão passando
todo mundo se diverte
com o seu crânio
sirvo o vinagrete

Ponho sua pele
numa panela e frito
traga mais cerveja
pra acompanhar este aperitivo

Agora brindaremos
a esta data especial
todos comemoram
o ultimo natal

Todos alegremente
erguendo os seus copos
bebemos a cerveja
e no céu estouram os fogos

 (W. Fabretti)

sábado, 2 de junho de 2012

Um Brinde Ao Diabo


Um Brinde Ao Diabo


Vagando sozinho
Com um machado em minha mão
O ódio corre em minhas veias
Procuro por um fraco cristão

Risadas demoníacas ao meu redor
Me mostram que não procuro sozinho
A raiva toma conta do meu corpo
Quando encontro um padre em meu caminho

O sangue se espalha por todo lugar
Em desespero ele começa a gritar
Mas ninguém o pode escutar
Por sua vida não adianta mais rezar
Pois nem cristo o pode salvar

Já começo a sentir o cheiro podre
De seu corpo em decomposição
Os vermes já se alimentam
De suas tripas espalhadas pelo chão

Com seu sangue encho o cálice amaldiçoado
Um brinde ao mal
Um brinde ao Diabo

 (W. Fabretti)

O Anticristo


O Anticristo


"Junto com o nevoeiro,ele virá para roubar essa tranqüilidade
A profecia do desassossegado se tornará realidade
Um novo mundo surgirá com todo seu rancor
Todos serão submetidos as leis que ele irá impor"

Haborym me enviou
O mundo virá ao caos
Quando todos souberem quem  sou

Incentivando a luxuria, Comandando o mal
Revelando ao mundo seu final
O medo surgirá a cada escurecer
Eu irei fazer toda fé em deus morrer

Conquistando todas as  almas angustiadas
Cabeças de santos serão arrancadas
Penduradas na parede como um troféu
Simbolizando a decadência do céu

Liderando todos com palavras profanas
Eliminando mandamentos e almas santas
Bebendo sangue e alimentando antigas maldições
Conquistando a fidelidade de todas as nações

Perambulando pelas ruas, espalhando minhas sementes
Conquistando novos aliados, controlando mentes

Toda igreja cristã deve ser queimada
Todo tumulo cristão deve ser vandalizado
Toda alma virgem deve ser sodomizada

Caia na graça, anseie por luxurias
Venda sua alma, inicie a guerra
Besta humana, traga o inferno na terra

Pego a Virgem e arranco o bebê de seu útero
Levando o bebê bastardo para seu amargo sepulcro
Fudendo-a antes de mata-la
Chupando seus peitos antes de estrangulá-la

Do céu caem gotas de água salgada
Deus agora chora por toda fé eliminada
O sol abandona o rito de erguer
Todos contemplam o eterno anoitecer

O pecado agora foi libertado,
A vida tem um novo sentido
Somente o mal é cultuado

Eu sou a encarnação do demônio
Eu sou o anticristo!
Eu sou o anticristo!

 (W. Fabretti)

Deusa Da Crueldade


Deusa Da Crueldade


Sob a pálida luz do luar
Num dia13 de uma fria sexta-feira
Vagando sozinho em um cemitério
Eu anseio por ti feiticeira

Parado em frente da tua cova
Minhas lágrimas ensangüentadas começam a rolar
Bebendo o mais puro e tenebroso vinho
Me lembro do ódio em seu olhar

O nevoeiro toma conta do cemitério
oh, minha amada
Ninguém mais pode te despertar desse sono eterno

Tu, dona de toda a escuridão
Cujo medo e terror conduz
Deusa da crueldade
Agora tu terás tua vingança contra Jesus 

(W. Fabretti)

Midnight Queen


Midnight Queen

she have your dreams
stopped for the ignorance
she down in hell sold your soul
just obtain your vengeance

Fullfiled with happiness
she come back to your town
holding a red devil gun
she kill them all

You wanna touch her
you wanna catch her
but she will take your body
and spread everywhere

you wanna possessed her
and please her desire
but she will take your soul
and put in a lake of fire

she looks like a pretty angel
that down from heaven to you
but after midnight you meet
your face true

She have a body
that make you fall in sin
better you stay away
for the midnight queen

Midnight queen, midnight queen
a sweet mensager
of the eternal suffering

 (W. Fabretti)

Suicídio Lento

Suicídio Lento


tenho q tomar este copo de puro veneno
para q ele corra suavemente em minhas veias
sentar e esperar pela visita da morte
ela me odeia..

aço forte e afiado
contra pulsos frágeis
nada parece por fim na dor
destas vidas miseráveis

odiado e rejeitado por todos
traído por um coração de insiste em estar batendo
é incrível como sinto que já tenha
vivido mais de uma vez este sofrimento

colhendo os amargos frutos
q a terra semeia..
todos se afastam de mim
ela me odeia

deitado olhando para as estrelas
sentindo o tremer dos trilhos
esperando q venha o próximo trem
para acabar com todo este martírio

observando as nuvens carregadas e
aguardando a tempestade q se aproxima
sentido-me desprezado é só dar
um passo pra frente e despencar da colina

olhando a luz torcendo pelo fim
lembrando do tempo em q ela me queria
é só chutar a cadeira...
e torcer pra q ñ morra de asfixia

ficar com uma enorme marca no pescoço
me despedir com estilo desta vida
rosas vermelhas e ensangüentadas
ninguém ira lamentar minha partida

de uma forma singular e unânime
ela me odeia
não passo apenas de um tolo
ela me odeia

afundando num lago de solidão
respirando uma água acida e imunda
mal compreendido e considerado uma praga
nada mais fará com q eu me iluda

atirar em minha cabeça
transformar meu em cérebro em poeira
desculpar-me a todos pela enorme
sujeira

me intoxicar com o mais forte alucinógeno
torcer pra q minha mente nunca mais volte
viver num mundo de ilusões irreais
talvez esta seja minha única sorte

vagando por este vasto mundo
enquanto minha felicidade se esvaneia
ainda segurando este amor numa sangrenta rosa vermelha
ela me odeia...

tantas formar de me matar
e por fim em todo meu alento..
mas prefiro vê-la a distancia e continuar
com este meu suicídio lento

eu já os vejo comemorando
eu já os escuto gargalhando
eu já os sinto distanciando

a covardia me infesta
como insetos em plantações
sinto muito mas demorarei
para sair de vossos corações

tudo isto não chega nem a ser
um terço de todo meu sofrimento
ela me odeia....
e eu contínuo neste meu suicídio lento


(W. Fabretti)


Morte


Morte


qual seria sua reação se a morte viesse te visitar agora?
se ela aparecesse do nada e te levasse embora
qual seria sua reação?
você se arrependeria de tudo q não fez ou ficaria aliviado por ñ ter vivido em vão?

qual seria sua reação se a morte visitasse a pessoa q vc ama?
se ela aparecesse do nada e transformasse sua felicidade num drama
você entregaria os pontos e desistiria de sua vida
ou continuaria forte mas esperando o momento de sua partida?

você já parou pra pensar como tem sido sua vida até o presente dia?
tem tido muitos momentos felizes ou ela não tem sido como vc queria
você já parou pra pensar que amanhã você pode morrer?
e que por isso devemos procurar fazer apenas aquilo q nos satisfazer

nossa vida é frágil e só vivemos uma vez
por isso viva intensamente
pra quando morrer não se arrepender daquilo que não fez

 (W. Fabretti)

Cidade Fantasma


Cidade Fantasma

Nas ruas dessa abandonada cidade
Crianças correm e brincam alegremente
Em meio ao mau cheiro de cadáveres e restos humanos
Em meio às baratas e ratos que caminham calmamente

No outro lado debaixo do viaduto principal
Mendigos fazem churrasco com a perna de alguém
Eles necessitam matar a fome
Para que não se tornem cadáveres também

Mesmo a carne estando podre e cheias de vermes
É distribuída entre eles em partes iguais
Eles brindam e comem normalmente
O forte cheiro e o gosto horrível para eles são normais

A água do rio está parada
Centenas de peixes nela estão boiando
O odor desagradavel que sobe aos ares
Excita ainda mais os abutres que estão voando

Em uma rua uma família anda de mãos dadas
Enquanto o pai carrega a menina a mãe amamenta o bebe
Eles procuram por um lugar novo para morar
Um lugar onde seja digno de viver

Mas eles estão condenados a viver nesta cidade fantasma
Eles verão seus filhos crescerem e se tornarem miseraveis
Abandonados e esquecidos pelo resto do mundo
Com um futuro incerto composto por sofrimentos inimaginaveis

Os lindos e verdes campos estão secos
Do gado restaram apenas as ossadas
Uma tragica visão do desespero
O amargo lar de pessoas abandonadas

Os habitantes mantém viva a esperança
Torcem para que tudo volte ao normal algum dia
Que a vida volte a crescer de sua forma mais pura
E transforme o sofrimento em alegria

Mas eles estão presos em uma cidade que ninguém sabe que existe
Em uma cidade em que o tempo parece estar parado
Em uma cidade que se encontra em ruinas
Em uma cidade de solo amaldiçoado

 (W. Fabretti)

Inútil


Inútil


De tristeza eu sou feito
na melancolia eu vivo
Apatia e amargura são
alguns dos meus adjetivos

Alma totalmente angustiada
que sequer tem um preço
Em imensa dor profunda
e aguda eu padeço

(pensando) Isso nunca tem fim?
O sofrimento esta estampado em mim...

Lagrimas tão desprezíveis
quanto o ser que tenta segura-las
Frutos apodrecidos,
resultado de plantações mal cuidadas

Desfrutando de uma existência
totalmente insignificante
De ações desastrosas
onde o fracasso é constante

Estreitando em uma tênue linha
a um passo da insanidade
Vegetando nesse mundo
sendo odiado pela felicidade

(murmurando) por que isso tem que ser assim?
O sofrimento está longe do fim....

Felicidade e orgulho pra mim
são apenas ilusões
Vida lastimável de um
colecionador de decepções

Apenas um causador de
vergonha e constrangimento
Torcendo para que chegue ao fim logo
todo este tormento

Depressão, dor e fracasso
palavras constantes em minha realidade
Exemplo explicito de uma existência
reinada totalmente pela inutilidade

(gritando) Leve isto de mim
não suporto mais continuar assim!

 (W. Fabretti)

Aberração


Aberração

Eu me escondo nessa sombra turva
esperando pelo momento de atacar
há algo incontrolavel dentro de mim
um desejo que devo saciar

Eu realmente nunca entendi este mundo
e tão pouco o que as pessoas consideram ser normal
mas não me importa se um dia pagarei por isso
e tão pouco como anda meu estado mental

Se eu sou uma aberração
então porque eu devo me controlar?
se eu sou uma aberração
porque eu devo me impotar?

Manchas de sangue estampadas na parede
metade dos orgãos espalhados pelo chão
mais um cadaver que ficará sem um dente
apenas mais um troféu para minha coleção

As vezes acho que pertenço a mundo diferente
olhando fixamente minhas mãos e admirando o sangue que escorre
um extase inexplicavel toma conta do meu corpo
estou sendo consumido por um desejo que nunca morre

Se eu sou uma aberração
então porque eu devo me controlar?
se eu sou uma aberração
porque eu devo me impotar?
cansado de fingir ser igual a todos
minha alma esta dominada por sua parte mais obscura
o ódio flui intensamente em minhas veias
estou contaminado por um mal que não tem cura

 (W. Fabretti)

Destino Selado


Destino Selado

Em uma enluarada e fria noite de inverno
Caminhando em uma estrada sem saber onde ir
Me deparo com um caminho  cheio de árvores mortas
E inconscientemente decido por nele seguir

Há alguns corvos pousados nas árvores
A vida parece ter abandonado este lugar
A estrada me leva em frente a uma casa velha
Onde sem hesitar decido nela entrar

O sangue está inundando todo o chão
Gotas avermelhadas caem do andar de cima
O ácido cheiro que toma conta do lugar
Me faz sentir intrigado com todo este clima

Minha curiosidade me faz subir a escada
De onde um rio de sangue não para de descer
A luz da lua que entra pela janela
Me revela algo que dificilmente irei esquecer

Inúmeros corpos humanos pendurados em ganchos
Todos com imensos cortes e desmembrados
Braços, pernas e alguns órgãos no chão
Parecem flutuar no sangue derramado

Caminho cuidadosamente entre os corpos
A curiosidade me obriga a ficar observando
Ao olhar atentamente me assusto ao perceber
Que muito deles ainda estão vivos e agonizando

Em desespero saio correndo o mais rápido que posso
Preciso urgentemente sair dessa casa
A ânsia de querer estar porta afora
Faz com que eu escorregue e desça rolando a escada

Me levanto todo banhado em sangue
Tento voltar a correr mas meu pé está torcido
Caminho com dificuldade em direção a porta
Quando vejo algo que eu não havia percebido

Assustadores símbolos desenhados na parede
Acima de duas ossadas aparentemente carbonizadas
Colocadas onde o sangue mais se acumula
Colocadas cuidadosamente de mãos dadas

O silêncio é quebrado por um forte barulho de tiro
Esqueço do meu pé, tento correr e novamente caio
Tento rapidamente me reerguer
Mas o cheiro está muito forte então desmaio

Abro meus olhos, estou deitado em meio ao sangue
Olho para fora e vejo que o dia já amanheceu
Estou um pouco tonto e minha cabeça dói demais
Tenho que sair para tentar entender o que aconteceu

Saio e vejo um homem sentado e uma espingarda no chão
Com certeza ele deve ser o assassino
O que sobrou do seu rosto expressa alivio
Matou todos, atirou em sua cabeça e selou seu destino

(W. Fabretti)

Embaixo Da Árvore Lacrimejante


Embaixo Da Árvore Lacrimejante


Por algum motivo o mundo caminha para o fim de sua existência
gananciosos, idiotas e injustiçados pedirão por clemência
arrogância, ira, ignorância e hipocrisia juntas num só fardo
a raça humana mais uma vez se mostra como um tumor em estágio avançado

Pensando sobre a vida respiro fundo e tudo fica claro num instante
fico aliviado e aproveito a suave brisa em baixo da arvore lacrimejante
agora entendo porque eles me odeiam, entendo todas suas atitudes
é porque eu realmente não dependo deles e nem consigo admirar suas virtudes

As pessoas estão presas em um mundo pequeno com o objetivo de ter um estilo de vida igual
se preocupam mais com a vida alheia e se esquecem de que tudo tem um final
sempre q me sinto preso a esta rotina desprezível e totalmente estressante
me refugio na refrescante sombra em baixo da  arvore lacrimejante

E a todos os meus falsos amigos que se divertem quando sou humilhado
riem nas minhas costas e fazem de tudo para que eu me torne um fracassado
agora eu compreendo vocês e compreendo suas desprezíveis atitudes
é que eu realmente não preciso de vocês e nem admiro suas poucas virtudes

 (W. Fabretti)

Dança De Um Adeus Distante


Dança De Um Adeus Distante

Formas moribundas dançam sua dança de modo intrigante
em meio ao alto uivo dos ventos em sua melodia marcante
como se soubessem que irão partir a qualquer instante
como se a dança simbolizasse um adeus distante

O ar pesado apenas faz com que cada vez mais o frio aumente
a visão turva apenas faz com que meus olhos fiquem ardentes
vultos ao meu redor fazem com que eu caminhe mais apressadamente
agonia e medo apenas fazem com que meu coração bata rapidamente

Subitamente me vejo pego em um silêncio ensurdecedor
meu corpo já começa a sofrer com a ausência de calor
caio no chão e aguardo minha mente se recompor
enquanto me esforço para distinguir esta estranha dor

Procuramos desesperadamente em nossas vidas por uma terra pura
mas nossos tolos conceitos nos aprisionam em uma sala escura
nosso amargo veneno já contaminou toda uma geração futura
nós mesmos nos fizemos estas feridas que o tempo não cura

Aos poucos vou recuperando minha consciência, ficando atento
embora tenha a sensação de que nunca a tenha perdido em nenhum momento
me levanto e observo o balançar das árvores em meio a este forte vento
talvez tudo isso indique o prelúdio de um intenso sofrimento

Me viro e assusto ao ver que meu corpo ainda esta no chão
os olhos ainda estão abertos mas não há nenhum vestígio de pulsação
talvez eu tenha me enganado, talvez tudo isso não passe de uma ilusão
mas algo dentro de mim sabe que é verdade e isto aumenta minha aflição

Uma assustadora musica ecoa em meus ouvidos com uma melodia fascinante
movimentos desordenados e involuntários feitos num ritimo alucinante
percebo agora que aquilo que fica pra traz é algo totalmente insignificante
estou calmo e feliz, estou em meio à dança de um adeus distante

 (W. Fabretti)

Um Hino Ao Suicídio

Um Hino Ao Suicídio


Por toda vida você falhará...
Miseravelmente.
Por toda vida você sofrerá...
Terrivelmente.
A dor o lembrará...
Constantemente.

Essas ingratas palavras ecoam em meu ouvido
Infame melodia, um hino ao suicídio
Partitura já cauterizada em meu corpo
Alma naufragada em profundo desgosto
Mentalidade apodrecida a se perder no universo
Andando na contra mão nesse caminho perverso
Indignado por viver em eterno fracasso
Maldita madrugada de um mês de março

A morte sempre estará...
Ao seu lado.
Você sempre ficará...
Alienado.
Sua própria vida será...
Seu fardo.

Recolhendo os pedaços de uma alma devastada
Amarga existência de uma pessoa atordoada
Ludibrie felicidade a me cercar
Admirável vinho tinto a me embriagar
vestir um sorriso pra esconder meu real estado
deprimente decadência que tenho passado
Mal conseguindo conviver com o ódio que sinto
Desprezível seja o ano de 85

(W. Fabretti)

Sétimo Mês




Sétimo Mês

 Infectado por uma força maligna superior
Fantasmas sussuram meu nome ao anoitecer
Tenho visões de um futuro incrivelmente assustador
Do qual ainda não consigo compreender

Os portais do inferno são abertos pela lua do sétimo mês
Almas atormentadas e suicidas saem para se alimentarem de vingança
Minhas visões ficam turvas e recupero minha lucidez
Mas infelizmente não vejo motivos para ter esperança

Durante os 3 dias prontifico minhas oferendas
Todo sangue derramado alimentará os mortos
Você padecerá em meu mundo abandonando suas crenças
Veja seu sofrimento através de meus olhos

De alguma forma sinto o medo se espalhando no ar
Tudo ficou claro não estou mais confuso como naquele instante
Ainda escuto a horripilante voz a me chamar
Enquanto um lobo canta sua melodia aterrorizante

Nada mais divertido do que ver o desespero em seus olhos
As inumeras tentativas frustradas em seus gritos silênciosos
O louvavel barulho expelido no quebrar de seus ossos
O êxtase em saber que presenciarei mais vezes esses momentos gloriosos

Seres decadentes e injustiçados ainda anseiam por salvação
Eu ainda me mantenho consciente nesse estado de loucura
Caminhando em inumeras fendas no abismo da escuridão
Maravilhado pela embriaguez de medo, morte, sangue e tortura

As areias do destino se esgotam e as portas do inferno estão fechadas
As almas substituidas viverão em agonia e sofrimento sem fim
A maldição do sétimo mês por um longo tempo ficará parada
Mas nas minhas visões vi que o mal agora sempre vivera em mim

(W. Fabretti)