sábado, 2 de junho de 2012

Sétimo Mês




Sétimo Mês

 Infectado por uma força maligna superior
Fantasmas sussuram meu nome ao anoitecer
Tenho visões de um futuro incrivelmente assustador
Do qual ainda não consigo compreender

Os portais do inferno são abertos pela lua do sétimo mês
Almas atormentadas e suicidas saem para se alimentarem de vingança
Minhas visões ficam turvas e recupero minha lucidez
Mas infelizmente não vejo motivos para ter esperança

Durante os 3 dias prontifico minhas oferendas
Todo sangue derramado alimentará os mortos
Você padecerá em meu mundo abandonando suas crenças
Veja seu sofrimento através de meus olhos

De alguma forma sinto o medo se espalhando no ar
Tudo ficou claro não estou mais confuso como naquele instante
Ainda escuto a horripilante voz a me chamar
Enquanto um lobo canta sua melodia aterrorizante

Nada mais divertido do que ver o desespero em seus olhos
As inumeras tentativas frustradas em seus gritos silênciosos
O louvavel barulho expelido no quebrar de seus ossos
O êxtase em saber que presenciarei mais vezes esses momentos gloriosos

Seres decadentes e injustiçados ainda anseiam por salvação
Eu ainda me mantenho consciente nesse estado de loucura
Caminhando em inumeras fendas no abismo da escuridão
Maravilhado pela embriaguez de medo, morte, sangue e tortura

As areias do destino se esgotam e as portas do inferno estão fechadas
As almas substituidas viverão em agonia e sofrimento sem fim
A maldição do sétimo mês por um longo tempo ficará parada
Mas nas minhas visões vi que o mal agora sempre vivera em mim

(W. Fabretti)

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